Sulgás Natural
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Gás no RS
Como é feito
Atualmente, o Rio Grande do Sul con-
some, em momentos de pico, cerca de 2
milhões de metros cúbicos ao dia de gás
natural. Somente o mercado de gás na-
tural veicular (GNV) demanda aproxima-
damente 210 mil metros cúbicos diários.
Para o presidente da Sulgás, a produção
de biogás pode ser uma alternativa valo-
rosa para contribuir com a crescente de-
manda do estado.“Comprovada a equiva-
lência comoGásNaturalVeicular comum,
a Sulgás começa a pensar na distribuição
e comercialização do GNVerde no estado”.
De acordo com Tejadas, a Sulgás ain-
da está trabalhando nas questões de
regulação junto à Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(
ANP). Inicialmente, o biogás será distri-
buído e comercializado em cilindros, em
forma comprimida (GNC). Tejadas acres-
centa que o GNVerde também pode ser
usado para a produção de energia elé-
trica, em indústrias e até em residências.
Os substratos, em sua maioria
compostos por cascas de frutas
e esterco de galinha, passam por
um processo de preparação antes
da produção do biogás, desde a
homogenização, a decantação, o
peneiramento e o aquecimento.
Em seguida, o gás é extraído e
passa pelo sistema térmico e de
purificação. Esse processo não só
possibilita um segundo produto,
no caso o biogás, como também
melhora a qualidade do adubo
produzido pela cooperativa.
em um caminhão, e ele tem de-
monstrado excelente qualida-
de, com eficiência e desempe-
nho similar ao do GNV comum,
que importamos da Bolívia”,
afirmou o presidente Sulgás,
Roberto Tejadas, no lançamen-
to do GNVerde – marca adota-
da pela Sulgás para o biocom-
bustível. O lançamento, que
ocorreu no final de 2013 na
usina da Ecocitrus em Monte-
negro, fez parte dos eventos da
Renex South America – Feira
Internacional de Energias Re-
nováveis, realizada na Fiergs,
em Porto Alegre.
Perspectivas
Na abertura da usina, sua
capacidade inicial de produção
era de 5 mil m³/dia, volume
suficiente para abastecer dois
postos de combustíveis, segun-
do as médias de consumo cal-
culadas pela Sulgás. Entretanto
a planta foi construída já pre-
vendo uma capacidade máxima
de produção de 20 mil m³/dia,
meta que deve ser alcançada
ainda no primeiro semestre de
2014.
O projeto foi possível por
três fatores principais: ter es-
trutura economicamente viável,
não necessitar de área muito
extensa e contar com um tipo
de matéria-prima abundante.
As primeiras etapas do pro-
jeto foram tão bem-sucedidas
que, segundo o presidente da
Sulgás, há a perspectiva de
atingir, nos próximos cinco
anos, uma produção de biogás
de até 300 mil m³/dia, o que
representaria cerca de 15% do
abastecimento de gás do esta-
do. Para alcançar essa previsão,
a Sulgás investe em pesquisas
e projetos realizados em diver-
sas cidades e regiões do Esta-
do. Um exemplo é o município
de Carlos Barbosa, onde deverá
ser instalado um modelo seme-
lhante de usina em 2015, com
capacidade de produzir até 35
mil m³/dia de GNVerde.