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Sulgás Natural
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O conglomerado de Empresas
Randon conta com a mais comple-
ta linha de equipamentos para o
transporte de carga terrestre, com
seus veículos rebocados (reboques/
semirreboques), vagões ferroviários
e veículos especiais.Atua ainda nos
segmentos de autopeças e siste-
mas automotivos, além dos ser-
viços de consórcio e banco. O com-
plexo é formado por dez empresas,
sendo a Randon S.A. Implementos
e Participações a controladora e
nove controladas diretas
Grupo Randon
Sulgás Natural:
Quando começou
a sua participação efetiva na admi-
nistração da empresa?
Raul Randon:
Desde o início, em
1949. Eu cuidava da parte comercial
e o meu irmão, que era muito criati-
vo e tinha feito curso técnico no Se-
nai, se envolvia com a parte técnica,
de criação de produto. Ele entendia
muito disto.
Sulgás Natural:
A que o senhor
atribui a trajetória de sucesso da em-
presa?
Raul Randon:
A uma série de
iniciativas, a muita curiosidade e
à vontade de trabalhar. Depois da
oficina de reforma de motores, ex-
perimentamos a área de máquinas
impressoras, chegamos a fabricar
12 unidades. Depois do incêndio em
1951, continuamos reformando mo-
tores na oficina de manutenção da
fábrica de tecidos Matteo Gianella e
na empresa Evaristo de Antoni. Em
1953, um amigo, Cláudio Corso, nos
apresentou um italiano chamado
Antonio Primo Fontebasso, que deu
a ideia de fabricar freios a ar para
reboques. Aceitamos fazer a socie-
dade e constituímos a Mecânica
Randon Ltda. Dois anos depois, Fon-
tebasso adoeceu e se retirou da so-
ciedade. Começamos, então, a fabri-
car o terceiro eixo para caminhões e
semirreboques de um e dois eixos.
Mais tarde, firmamos outras parce-
rias, criamos novas empresas e os
negócios prosperaram.
Sulgás Natural:
Qual a importân-
cia da sua capacidade administrativa
no sucesso da empresa?
Raul Randon:
A capacidade admi-
nistrativa, em primeiro lugar, não é
de uma pessoa só. É da equipe. Além
disto, o sucesso não depende somen-
te de como se administra, mas com
quem e para quem. É um conjunto
de habilidades que, se a gente não
tem, tem que buscar aperfeiçoar. Por
isso, acredito que o segredo é cercar-
-se de bons profissionais e parceiros.
Máquinas e tecnologia a gente com-
pra. As pessoas, a gente prepara, e
são elas que fazem a diferença.
Sulgás Natural:
Qual foi a sua
principal virtude como dirigente da
empresa?
Raul Randon:
Eu não saberia ava-
liar, mas o que ouço é sobre a valori-
zação das pessoas e o jeito de traba-
lhar feliz. Humildade também é um
ingrediente importante em todas as
áreas da vida, inclusive no trabalho. E
nos negócios, é ficar atento às opor-
tunidades.
Sulgás Natural:
Que conselho o
senhor daria aos empresários que
estão começando hoje e pretendem
seguir os seus passos?
Raul Randon:
Trabalhar bem e
acreditar no nosso Brasil. Sempre
acreditamos no trabalho e foi isso
que nos fez enfrentar todas as difi-
culdades. Hoje, os tempos são outros,
fabrica-se de tudo, mas para se man-
ter no mercado é preciso fazer um
bom planejamento, de médio e lon-
go prazos, estudar bem o mercado e
a concorrência. É preciso estabelecer
metas e não se contentar em fazer
tudo sempre igual, mas, sim, aperfei-
çoar o que se faz.
As empresas Randon fazem
uso do gás natural desde 2001,
quando o combustível começou
a ser utilizado na caldeira, nas
estufas e no restaurante da
Fras-le. Em 2002, também pas-
sou a ser usado no complexo
Interlagos (sede da empresa em
Caxias do Sul) nos processos
de pintura, máquinas de lavar
peças e bicos de corte. Em mé-
dia, o grupo consome 868 mil
m³/mês, sendo que, deste total,
aproximadamente 500 mil m³
são utilizados na Fras-le.
Como principais vantagens
do uso do gás natural, a em-
presa aponta o fato de ser uma
fonte energética estável em
termos de fornecimento, o que
permite a operação constante
das unidades sem interrup-
ções por falta de energia, assim
como os benefícios relativos à
preservação ambiental.
O gás natural
na Randon
Fotografias: Magrão Scalco, Gilmar Gomes e Inovare