Page 9 - Sulgas - n 4 - Completa - web

Basic HTML Version

Sulgás Natural
9
de iluminação e ventilação natu-
ral das construções, levando a um
consumo menor de energia elé-
trica”, explica o responsável pelo
Programa Brasileiro de Etiqueta-
gem do Inmetro, Marcos Borges.
Segundo ele, assim como os
eletrodomésticos, os projetos de
arquitetura serão analisados e re-
ceberão etiquetas com graduações
conforme o consumo de energia.
“As etiquetas terão graduações de
‘A’ a ‘E’, de acordo com a eficiência
energética”, observa. A adesão é
voluntária e a Etiqueta de Eficiên-
cia Energética abrange edificações
comerciais, públicas e de serviços,
assim como as residenciais (tanto
casas e apartamentos, como edifi-
cações multifamiliares e as áreas
de uso comum).
O método proposto para a cer-
tificação permite que sejam ava-
liadas desde edificações que pos-
suem poucos ambientes de uso
comum (como circulação e gara-
gem), até condomínios do tipo clu-
be, com diversos espaços coletivos
voltados ao lazer dos moradores.
Para tanto, são considerados os
seguintes sistemas individuais,
quando aplicáveis ao empreendi-
mento sob avaliação: iluminação
artificial, bombas centrífugas, ele-
vadores, equipamentos e eletrodo-
mésticos, sistema de aquecimento
de água de chuveiros, piscinas e
saunas.
A etiqueta no RS
Mesmo ainda não sendo obriga-
tória a adesão ao certificado, o Rio
Grande do Sul já conta com o pri-
meiro condomínio a receber eti-
queta Procel Nível A no projeto em
construção. Trata-se do Olympic
Home e Resort, empreendimento
da Construtora Delpro, localizado
na capital gaúcha. “Nossa estimati-
va é que poderemos chegar a uma
redução de custos com energia e
água da ordem de 40% a 50%, se
comparado com outros empreen-
dimentos não certificados”, expli-
ca Stéfano Nicolau Dócolas, dire-
tor da Delpro Empreendimentos
Imobiliários. Diz que a vantagem
para os condôminos é bem obje-
tiva: menores custos condominiais
e de manutenção para o resto da
vida do empreendimento. Aponta
também vantagem para o meio
ambiente, pois quanto maior for a
eficiência energética menor será
o consumo de energia, causando
menor impacto ambiental.
Além de todos os benefícios
garantidos pela etiqueta de efi-
ciência energética, o Olympic con-
ta com inúmeras inovações. Entre
elas, um sistema de geração de
energia fotovoltaica para o uso
próprio, sendo o excedente de
energia limpa gerada e não con-
sumida disponibilizada à CEEE,
gerando créditos a serem abati-
dos na conta de luz do condomí-
nio. Outro diferencial do edifício
é que todos os sistemas da área
condominial serão monitorados
por computadores de bordo, faci-
litando a gestão, a operação e a
manutenção, com redução de cus-
tos para o condomínio. O prédio
ainda contará com abastecimento
de gás natural fornecido pela Sul-
gás, para uso nos apartamentos,
na área condominial e também no
gerador. “Trocamos o gerador por
um a gás natural, menos poluente,
que requer menos manutenção e
sem reabastecimento”, afirma Dó-
colas.
Outro ponto igualmente rele-
vante foi a substituição dos chu-
veiros elétricos da área condomi-
nial por aquecedores a gás natural,
que representam uma redução
significativa do consumo de ener-
gia e é pré-condição para ter certi-
ficação Procel Nível A. “O consumo
de energia de um chuveiro elétrico
é superior à soma do consumo de
todos os outros eletrodomésticos
de um apartamento, incluindo o
ar-condicionado. Se há chuveiro
elétrico, o empreendimento vai
direto para a classificação da Eti-
queta Procel Nível E, que é a de
pior eficiência energética. Dessa
forma, para obter a certificação
Procel Nivel A, a melhor solução
que encontramos foi o abasteci-
mento de todo o empreendimento
com gás natural”, explica o diretor
da Delpro.
Stéfano Dócolas: “Redução de 40% a
50% nos custos com energia e água”
Marcos Borges: “O objetivo é
incentivar projetos que levem ao
menor consumo de energia elétrica”
Divulgação/Inmetro
Rosi Boninsegna