Página 12 - Sulgas - n. 3 - jul.

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Sulgás Natural
Mercado
E
nquanto em todo o mundo
as montadoras ampliam a
oferta de veículos movidos a
GNV, no Brasil a situação é um pou-
co diferente – apenas um modelo
sai de fábrica com essa opção: o
Gran Siena Tetrafuel, da Fiat. As ra-
zões que justificam essa diferença
nos mercados passam, entre outras,
pelo tipo de tecnologia empregada,
incentivos governamentais e, prin-
cipalmente, normas ambientais.
“A indústria do GNV nos Estados
Unidos foi e está sendo impulsio-
nada pela busca por baixas emis-
sões de poluentes”, conta o enge-
nheiro Carlos Curço Lima, gerente
de grandes consumidores da Sul-
gás, que participou recentemente
de eventos do setor realizados em
Los Angeles, na Califórnia, a
Alter-
native Clean Transportation Expo
2014
e a
NGV Global 2014
.
Esta é uma realidade que chega
também a países da Europa e Ásia.
Pressionadas pelas normas Euro 5
e Euro 6 (saiba mais na página ao
lado), gigantes do setor automobi-
lístico, como Volkswagen e Honda,
têm investido em modelos de car-
ros híbridos. Seguindo esta linha,
a General Motors (GM) começará
a vender, ainda em 2014, o mode-
lo 2015 do Impala, um sedan de
porte médio que poderá ser movi-
do a gasolina ou gás natural. Mas
por enquanto, apenas nos Estados
Unidos, segundo informações da
agência de notícias Reuters. O
lançamento foi justificado pelo
presidente-executivo do grupo,
Dan Akerson, como uma forma
de “satisfazer as necessidades
‘verdes’, tanto do meio ambiente
quanto dos acionistas”.
Diferente de outros combustí-
veis, como gasolina, diesel e eta-
nol, o gás natural possui o que se
chama de combustão completa,
caracterizada pela menor emissão
de resíduos e de poluentes, fazen-
do com que o GNV seja considera-
do o combustível mais ecológico
entre os disponíveis no mercado
automotivo atualmente.
Incentivos
Além dos benefícios ambien-
tais, outra questão que estimula a
ampliação do mercado de GNV é
a criação de incentivos fiscais.
“No evento em Los An-
geles, pudemos cons-
tatar que o governo
americano, em todas as esferas,
apoia e incentiva, embora em ní-
veis aquém da sua capacidade, a
utilização de combustíveis alter-
nativos”, conta Lima.
No Brasil, alguns estados es-
tudam formas de incentivar a
adoção do gás com a redução de
impostos. No Rio de Janeiro, por
exemplo, os veículos equipados
com kit GNV têm desconto de
75% no valor do IPVA. O estado é
o que possui a maior frota movida
a GNV no país (789 mil veículos)
e também a maior rede de postos
para abastecimento.
No Rio Grande do Sul, segundo
dados do Departamento Nacional
de Trânsito (Denatran), são 60 mil
veículos autorizados a rodar com
GNV.
Grand Siena oferece opção
para quatro combustíveis
Curiosidade
Nos Estados Unidos, a tecnologia para abastecimento de
veículos já está bem avançada. Além do uso do gás natural
na forma comprimida em cilindros, como ocorre no Brasil,
por lá já é possível utilizar o gás natural liquefeito (GNL),
que tem obtido cada vez mais espaço em frotas de veículos
pesados (ônibus e caminhões).
Veículos a GNV ganham
espaço no mundo